A popularização da palavra “Ubuntu”, derivada do idioma quimbundo, integrante da matriz cultural bantu, quer dizer dentre tantas versões solidariedade, acolhimento e respeito pelo próximo. Neste tempo de pandemia colocar essas atitudes em prática é crucial e nos mantém vivos. E é isso que há 37 anos os Agentes Pastoral Negros têm feito no Brasil.
Atuando contra o feminicídio, o extermínio da juventude negra e as mais variadas formas de opressão do povo preto e pobre, em parceira com algumas entidades como a Ação da Cidadania e Fundação Baobá, Edgar Aparecido Moura, membro dos Agentes Pastoral Negros do Brasil destaca o trabalho do grupo frente à pandemia e as dificuldades enfrentadas pelos mais vulneráveis. “Em Salvador, a Pastoral realizou parcerias com a com a Incubadora Azeviche e a Coletiva de Mulheres Negras Abayomi para distribuição de mil kits de produtos de higiene pessoal e de limpeza e mais uma tonelada de alimentos em forma de cestas básicas”, afirma o também coordenador do GT Alimentar Nacional de Combate à Fome e Ex Conselheiro Nacional de Segurança Alimentar e no comitê contra a fome.
Entre as inúmeras Instituições beneficiadas estão organizações da Sociedade Civil, Terreiros, Associações de Bairro, Líderes Comunitários, Coletivos voltados ao cuidado com a mulher negra, Grupos Culturais e Grupos Indígenas, de Salvador e também fora da capital a exemplo da doação para a campanha idealizada por um grupo de jovens africanos em São Francisco do Conde e um quilombo no mesmo município e outro quilombo em Simões Filho.
Romário Roma
Com informações de Suzana Batista | Abayomi, Revista Quilombo
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