Quando pensamos em um movimento social, vem em mente algo parecido a um dos maiores movimentos da América Latina: o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). No entanto, a economia solidária no Brasil possui traços organizativos que destoam de outros movimentos sociais.
A economia solidária abrange tudo isso, mas o “chão” do movimento, onde ocorre os processos produtivos ou de trabalho se dá, segundo Souza em Um exame da economia solidária (2011), nas “cooperativas, empresas recuperadas ou em reabilitação de processos falimentares, pequenos empreendimentos comunitários (pré-cooperativas), associações locais de troca de mercadoria e serviços através do uso de uma moeda próprias e práticas de venda”.
O termo que hoje nomeia o movimento foi cunhado na América Latina por Luis Razeto, em meados de 1980 e possui sentido e fundamentação teórica analiticamente diferentes que da economia solidária de matriz europeia.
No desenvolver da economia solidária, a consolidação do movimento teve apoio importante dos organismos da pastoral social da Igreja Católica, as universidades, que em 1998 criaram a rede universitária de incubadoras de cooperativas populares e por fim, Souza comenta do papel articulador que os sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) assumiram. Além da criação da Agência de Desenvolvimento Solidário (ADS), o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista cria em 1999 a União e Solidariedade das Cooperativas do Estado de São Paulo (UNISOL) (ODA apud SOUZA, 2011, p. 175). A UNISOL, mais tarde passou também a representar as cooperativas e empreendimentos em nível nacional, constituindo a Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários, UNISOL Brasil.
Romário Roma,
Com informações de Juvesol, Juventude e Economia Solidária
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